06 março 2006

A GRANDE NOITE DOS OSCARS


Mais uma vez a TVI transmitiu em directo a cerimónia de entrega dos Oscars. Quem me conhece sabe que raramente passo pela TVI, só na noite dos Oscars e às vezes num joguito do Sporting. No entanto nos últimos anos tenho gostado bastante da trasmissão dos prémios maiores do cinema americano. Já não há muitos comentários a despropósito, já não tentam traduzir tudo simultâneamente, o que dava uma salsada que ninguém percebia nada. Agora tinha que haver uma crítica: Não sei que tipo de públicidade a TVI passa a altas horas da noite, mas agora ter que levar em todos os intervalos(10 em 10 min) com anúncios a imagens eróticas para telémoveis é demais. Não sou puritano, mas também achei triste e de muito mau gosto, além disso pergunto-me: "Será que a TVI não conseguiu anúnciantes melhores para aquela transmissão?". O que vale é que agora, tirando lá o tal joguito do Sporting só para o ano volto a sintonizar a TVI.
Quanto à cerimónia em si, gostei do apresentador de Jon Stewart. Humor inteligente e apesar de politicamente incorrecto, creio que não chocou tanto como Chris Rock no ano passado. Adorei o genérico inicial, brilhante aquele cruzar de grandes personagens dos mais famosos filmes de Hollywood. Houve também muitos clips entre os quais destaco uma retrospectiva pelas mais famosas biografias produzidas na meca do cinema americano.
Estes foram os nomeados mais politizados dos últimos anos em Hollywood: Desde SYRIANA, ao politicamente incorrecto BROKEBACK MOUNTAIN, passando por GOOD BYE AND GOOD LUCK, CRASH, NORTH COUNTY e até mesmo CAPOTE e porque não WALK THE LINE o biópic do rebelde Johnny Cash? Os principais nomeados deste ano foram também um forte soco na actual indústria de blockbuster americana; tirando MUNICH nenhum dos principais nomeados foi produzido por um grande estúdio de Hollywood. Um caso para a indústria reflectir: Será que vale a pena continuar a apostar em filmes de orçamentos bilionários com argumentos incipientes e cheios de efeitos especiais para atrair público?
Para o ano há mais...

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