10 julho 2006

FITAS QUE RECOMENDO

EU, TU E TODOS OS QUE CONHECEMOS

Richard Swersey, um vendedor de calçado de novo sozinho e pai de dois rapazes, pensa que está preparado para as coisas mais extraordinárias que lhe possam acontecer. Mas quando a cativante e espontânea Christine entra na sua vida, ele entra em pânico.
Christine é uma artista que alterna entre o desespero e a fé, misturando fantasia e realidade, quer na sua arte quer na sua própria vida.
A vida não é tão oblíqua para Robby, o filho de Richard de 7 anos, que anda a ter um romance arriscado com uma estranha na Internet, nem para o seu irmão de 14 anos, Peter, que se tornou a cobaia das raparigas da vizinhança, que praticam nele os seus romances e casamentos futuros.
Todos eles, mais a ex-mulher de Richard, a dona de uma galeria de arte, os vizinhos e as vizinhas, andam à procura de um laço que os una aos outros, na sua existência ao cimo da terra...

Realização: Miranda July
Com: John Hawkes, Miranda July, Miles Thompson, Brandon Ratcliff
Reino Unido/EUA, 2005


AS FILHAS DO BOTÂNICO

A PRIMEIRA DAS LIBERDADES É A DE AMAR

Min é uma jovem orfã que vai fazer os seus estudos para a casa de um famoso e excêntrico botânico que transformou a ilha onde vive num enorme e luxuriante jardim. An, a filha do botânico, acolhe a rapariga com agrado, contente por ter uma amiga para lhe fazer companhia. No entanto a amizade das duas raparigas evolui para uma intensa relação amorosa. O problema é que, na China de rígidos costumes, este é um amor proibido. Incapazes de se separar, Min e An imaginam cedo um perigoso arranjo para continuarem a partilhar o mesmo tecto…

Um filme belíssimo e de grande sensualidade, que nos põe a pensar; "Porque é que, muitas vezes, as regras da nossa sociedade nos impedem de ser felizes?"

Realização: Dai Sijie
Com: Mylène Jampanoï, Li Xiaoran, Dongfu Lin, Want Weidong, Nguyen Nhor Quyynh, Linh Thi Bich Thu

França/Canadá, 2006


4 comentários:

Anónimo disse...

Pois, porquê?
Eu pessoalmente tenho uma miriade de respostas à pergunta, incluindo a posição sectária de algumas lésbicas e gays, que fazem da sua condição ou natureza uma bandeira também da exclusão (da diferença )dos outros. Cabe a cada um continuar a procurar o seu caminho.
Felicidades.

papagueno disse...

Realmente também tem razão, embora eu não me estivesse a referir somente a gays e lésbicas; Aliás a história está cheia de romances heterossexuais proíbidos. Estava a referir-me à sociedade, à moral hipócrita, aos vizinhos que se metem na nossa vida, à religião e às pessoas em geral que muitas vezes complicam a própria vida sem necessidade nenhuma.

Anónimo disse...

Isso da necessidade nenhuma, é absolutamente relativo. Mais uma vez socorrendo da minha vivência (não, ainda não vi o filme), só lhe posso dizer que a alma humana é especialista em arranjar corda para se enforcar a ela própria, presa das "suas" idiosincrasias, resultantes da sua vivência em ambientes de perseguição e maledicência em que, tirando a selecção nacional nacional quando ganha, as gentes nacionais em geral são pródigas.

papagueno disse...

Hé, hé, assino por baixo!