F.W. Murnau nasceu no dia 28 de Dezembro em Bielefeld, na Alemanha. Desde jovem criou uma enorme paixão pelo teatro, bem patente nos seus filmes, Aurora é um dos grandes exemplos. Foi assim que o jovem Murnau rumou para Berlim chamado por Max Reinhardt para ingressar na sua escola de teatro. Em 1914 a sua carreira teatral que já estava bem consolidade vê-se brutalmente interrompida com o início da guerra, para a qual é mobilizado. Após a guerra, em 1919, regressa a Berlim onde inícia o seu trabalho como realizador de cinema. Der Knabe in Blau é o seu primeiro filme, que está infelizmente perdido, alias como 7 outros filmes do periodo alemão. Em 1920 roda Der Januskopf, uma adaptação de O Estranho caso do Dr. Jekyll and Mr. Hyde de R.L. Stevenson. Com fim da guerra e da censura, foram grandes anos para o cinema alemão com o surgimento de dois dos melhores cineastas da época; Murnau e Lang. As audiências de então vibravam com filmes de argumentos exóticos, com histórias de crime e aventuras. Em 1922 completa uma das suas obras primas Nosferatu, ainda hoje a referência para todos os filmes sobre Vampiros. Denso, obscuro e sinistro deve ter horrorizado as audiências da época. Em 1924 faz Der Letzt Mann, segue-se Herr Tartüff em 1926. Este é também o ano de Fausto, a adaptação da obra de Goethe. Este periodo de grande riqueza criativa atinge o auge no ano seguinte com o já mencionado Aurora. Aurora já é rodado nos Estados Unidos onde Murnau inicia a sua ligação à Fox Films. Segue-se 4 Devils, mais um filme perdido para a colecção do cineasta, em 1928. City Girl de 1931 trás de volta o Murnau de Aurora, A história de um rapaz que ao deslocar-se à cidade para vender o trigo da família regressa com uma bela mulher. O amor dos dois vai encontar a forte hostilidade do pai do jovem. De novo os mesmos ambientes: Uma pequena comunidade rural, e a chegada de uma jovem da cidade. Desta vez não há triâgulo amoroso, porém a oposição do pai vai fazer com que a rapariga fuja de volta para a sua a cidade. O Jovem Lem é que não está pelos ajustes e vai atrás dela. Com City Girl acaba a colaboração com a Fox Films. Dá-se então o encontro com Robert Flaherty e fundam a Flaherty-Murnau Productions. Murnau compra um iate e decide navegar até ao Pacífico para rodar o seu seguinte filme Tabu. O argumento original denunciava a exploração das companhias de pérolas chinesas aos pobres pescadores do Taihiti. Porém teve de ser alterado com a falência do principal patrocinador, virou então uma história de amor. As diferentes visões artísticas levaram a que Flaherty abandonasse o projecto. Murnau teve que finaciar sózinho o filme. Por sorte a Paramount comprou o filme e ofereceu-lhe um contracto por 10 anos. Apesar De Fausto, Nosferatu ou Aurora serem considerados os seus melhores filmes Tabú é o meu preferido. Os actores são verdadeiros polinésios alguns rituais reais foram aproveitados para o filme. Um jovem pescador de pérolas apaixona-se por Reiri, no entanto ela é escolhida e declarada Sagrada, Tabu. Isto queria dizer que nenhum homem lhe poderia tocar. O amor é mais forte e fogem ambos para a "civilização". A fotografia é brilhante; a sequência inicial com o sol a cintilar sobre o mar é maravilhosa, ainda por cima a preto e branco. Infelizmente o mestre nunca assistiria a estreia do filme, morreria num acidente de viação na Califórnia. Foi uma vida breve mas que deixou uma grande obra e marcou para a Sétima Arte.
05 dezembro 2005
Murnau
F.W. Murnau nasceu no dia 28 de Dezembro em Bielefeld, na Alemanha. Desde jovem criou uma enorme paixão pelo teatro, bem patente nos seus filmes, Aurora é um dos grandes exemplos. Foi assim que o jovem Murnau rumou para Berlim chamado por Max Reinhardt para ingressar na sua escola de teatro. Em 1914 a sua carreira teatral que já estava bem consolidade vê-se brutalmente interrompida com o início da guerra, para a qual é mobilizado. Após a guerra, em 1919, regressa a Berlim onde inícia o seu trabalho como realizador de cinema. Der Knabe in Blau é o seu primeiro filme, que está infelizmente perdido, alias como 7 outros filmes do periodo alemão. Em 1920 roda Der Januskopf, uma adaptação de O Estranho caso do Dr. Jekyll and Mr. Hyde de R.L. Stevenson. Com fim da guerra e da censura, foram grandes anos para o cinema alemão com o surgimento de dois dos melhores cineastas da época; Murnau e Lang. As audiências de então vibravam com filmes de argumentos exóticos, com histórias de crime e aventuras. Em 1922 completa uma das suas obras primas Nosferatu, ainda hoje a referência para todos os filmes sobre Vampiros. Denso, obscuro e sinistro deve ter horrorizado as audiências da época. Em 1924 faz Der Letzt Mann, segue-se Herr Tartüff em 1926. Este é também o ano de Fausto, a adaptação da obra de Goethe. Este periodo de grande riqueza criativa atinge o auge no ano seguinte com o já mencionado Aurora. Aurora já é rodado nos Estados Unidos onde Murnau inicia a sua ligação à Fox Films. Segue-se 4 Devils, mais um filme perdido para a colecção do cineasta, em 1928. City Girl de 1931 trás de volta o Murnau de Aurora, A história de um rapaz que ao deslocar-se à cidade para vender o trigo da família regressa com uma bela mulher. O amor dos dois vai encontar a forte hostilidade do pai do jovem. De novo os mesmos ambientes: Uma pequena comunidade rural, e a chegada de uma jovem da cidade. Desta vez não há triâgulo amoroso, porém a oposição do pai vai fazer com que a rapariga fuja de volta para a sua a cidade. O Jovem Lem é que não está pelos ajustes e vai atrás dela. Com City Girl acaba a colaboração com a Fox Films. Dá-se então o encontro com Robert Flaherty e fundam a Flaherty-Murnau Productions. Murnau compra um iate e decide navegar até ao Pacífico para rodar o seu seguinte filme Tabu. O argumento original denunciava a exploração das companhias de pérolas chinesas aos pobres pescadores do Taihiti. Porém teve de ser alterado com a falência do principal patrocinador, virou então uma história de amor. As diferentes visões artísticas levaram a que Flaherty abandonasse o projecto. Murnau teve que finaciar sózinho o filme. Por sorte a Paramount comprou o filme e ofereceu-lhe um contracto por 10 anos. Apesar De Fausto, Nosferatu ou Aurora serem considerados os seus melhores filmes Tabú é o meu preferido. Os actores são verdadeiros polinésios alguns rituais reais foram aproveitados para o filme. Um jovem pescador de pérolas apaixona-se por Reiri, no entanto ela é escolhida e declarada Sagrada, Tabu. Isto queria dizer que nenhum homem lhe poderia tocar. O amor é mais forte e fogem ambos para a "civilização". A fotografia é brilhante; a sequência inicial com o sol a cintilar sobre o mar é maravilhosa, ainda por cima a preto e branco. Infelizmente o mestre nunca assistiria a estreia do filme, morreria num acidente de viação na Califórnia. Foi uma vida breve mas que deixou uma grande obra e marcou para a Sétima Arte.
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