«O filme UN AÑO SIN AMOR, de Anahí Berneri (Argentina, 2005), abriu a décima edição do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa e hoje, na qualidade de vencedor na secção competitiva de longas metragens, encerra o certame, no São Jorge, pelas 21.30. Com distribuição comercial já assegurada em diversos mercados europeus, soma mais um prémio, a juntar aos já conquistados nos festivais de Bilbau, Mar de La Plata e Berlim - é a história de um ano de calvário solitário de um seropositivo, pela noite de Buenos Aires, em desespero por um amor que não encontra. Ana Zanatti, presidente do júri desta secção, além de sublinhar que sente o festival " a crescer num sentido muito positivo", termina uma semana de cinema esperando "que nos próximos anos, o festival venha a ter uma maior visibilidade e apoios para conquistar a dimensão que merece". Sobre as dez longas metragens a concurso afirma terem revelado "uma escolha criteriosa em que o tema da homossexualidade é tratado nas suas diversas vertentes, denunciando também uma sociedade onde a exclusão e a perseguição vão muito além da temática do festival". Aliás, enfatiza, "este é um dos passos em frente na qualidade dos filmes apresentados". Em causa, diz Ana Zanatti, "estão acima de tudo os sentimentos humanos de perseguidores e perseguidos, as frustrações e medos, as dúvidas e inquietações que coexistem numa sociedade complexa e tantas vezes cruel. E os filmes que conseguem mergulhar na alma humana conquistam uma universalidade que os liberta de catalogações"». Notícia gentilmente roubada ao Jornal DN.
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