26 dezembro 2006

JAMES BROWN - LIVING IN AMERICA

Começou a sua carreira músical durante os anos 50 e bem cedo lançou o seu primeiro grande sucesso, "Please Please Please". Explosiva e sensual a sua música cedo convenceu os americanos, tornando-se um grande ídolo entre a comunidade afro-americana. A sua popularidade é tal que em 1968, após o assassinato de Marthin Luther King, é uma das vozes que consegue acalmar a fúria da comunidade negra que já preparava motins e outros disturbios. Mais tarde seria esssa mesma comunidade que o criticaria pelo seu apoio ao presidente Nixon. Hoje em dia será que existiria rap ou hip-hop sem ele? O certo é que influenciou o funky, sendo referência para músicos como George Clinton, Mick Jagger ou mesmo para Michael Jackson, antes de este se transformar no humanóide dos dias de hoje.
Irónicamente foi um dos seus subprodutos, o Disco Sound, que o fez cair no esquecimento no fim da década de 70. A sua ressurreição deu-se já nos anos oitenta através do cinema. Primeiro no filme de John Landis THE BLUES BROTHERS, onde aparece no papel do Reverendo Cleophus James. Ao lado dele no filme aparecem outras grandes lendas da música americana como Cab Caloway, Ray Charles, Aretha Franklin ou Steve Cropper. Em 1985 regressa ao cinema contribuindo com o tema "Living in America" para a banda sonora de ROCKY IV onde também aparece. A volta cinematográfica fica completa com mais uma referência; O tema "I Feel Good(I Got you)" regressa às playlists das rádios após aparecer numa das grandes cenas do filme BOM DIA VIETNAME de Barry Levinson.
Apesar do seu carisma e das actuações explosivas em palco, a sua reputação foi várias vezes abalada por alguns escândalos causados por abusos de droga e violência conjugal. Apesar de tudo a sua carreira continuava em alta quando foi interrompida na manhã do dia de Natal de 2006, deixando a meio uma torrneé pelos Estados Unidos que passaria por um concerto de ano novo em Nova Iorque.

2 comentários:

CORCUNDA disse...

Apesar da idade já avançada, era um "ganda" maluco. Apesar de não gostar muito do estilo de música reconheço que era uma figura de proa dentro do género.
Abraço.

vareira disse...

Grande perda!