14 setembro 2007

QUEER LISBOA


Há onze anos que o Festival de Cinema gay e Lésbico de Lisboa tenta romper barreiras e preconceitos. Este ano o festival mudou de nome mas a essência continua a mesma.
O Queer Lisboa abre hoje à noite com o filme A Casa de Alice do realizador brasileiro Chico Teixeira.
Em destaque os filmes em competição nas categorias:
Melhor Curta-metragem, escolha do público
Melhor Longa-metragem
Melhor documentário

A secção Queer Pop é constituida por um lote de vídeos que versam a tematica gay: Desde a imprescíndivel Madonna, aos Pet Shop Boys passando por Marilyn Manson, Sigur Ros, Franz Ferdinand e Scissor Sisters.

Além de vários debates, o Queer Lisboa vai lançar um olhar à cinematografia gay portuguesa dos anos 70, através de quatro obras do realizador Óscar Alves.

Por fim vão também ser visionados dois spots contra a homófobia:

LOVE HURTS de Döndü Kilic, Mariejosephin Schneider
SECURITY CAMERA – ÜBERWACHUNGSKAMERA de Christoph Heller


Longas em destaque:
The Blossoming of Maximo Oliveros de Aureaus Solito

A pureza do primeiro amor é maculada pela miséria e corrupção dos bairros de lata de Manila, espaço onde decorre a acção de The Blossoming of Maximo Oliveros. Maxi, um rapaz gay na pré-adolescência, é profunda e serenamente dedicado à sua família de pequenos ladrões. Ele limpa-lhes a casa, cozinha para eles, lava-lhes a roupa, remenda-lhes os jeans esfarrapados, e, quando necessário, encobre os seus passos.

Sexta-feira, 21 de Setembro, Sala 1, 22h00



Já em competição:
THE BUBBLE de Eytan Fox
(Israel, 2006, 115')
v. o. hebraica legendada em inglês

Três jovens Israelitas, dois rapazes e uma rapariga, dividem apartamento na zona artística de Telavive. Procurando pôr de lado os conflitos e centrando-se nas suas vidas e paixões, estes jovens adultos são muitas vezes acusados de viver à margem, numa espécie de “bolha”. Na esperança de que um dia a sua amada Telavive esteja livre dos problemas políticos, os amigos organizam uma rave na praia, contra a ocupação. Mas estes tempos bem passados, rapidamente encontram mais do que simples dissabores e complicações amorosas. Os amigos deverão enfrentar uma amarga verdade: o amor e a amizade não podem esconder a dura realidade de uma região onde a violência é uma constante.


Sábado, 15 de Setembro, Sala 1, 22h00
Terça-feira, 18 de Setembro, Sala 1, 16h30


COMME DES VOLEURS – STEALTH de Lionel Baier
(Suiça, 2006, 112')
v. o. francesa e polaca legendada em inglês

Quando Lionel é surpreendido pela notícia de que a sua família é originária da Polónia, desencadeia-se um tumulto que vai alterar a sua vida e a da sua irmã para sempre. Lionel e Lucie fazem-se à estrada a caminho da Europa de Leste num carro “emprestado”, pertencente à Rádio Suiça, embora incertos da sua descendência Polaca. No percurso, envolvem-se numa perseguição de carro na Eslovénia, em episódios envolvendo uma outra viatura roubada, um casamento e passaportes falsos. O caminho que os leva a Varsóvia vem a revelar-se na aventura pela qual há muito ansiavam. E algures na Polónia, um cavalo afoga-se todas as noites.

O realizador Lionel Baier estará presente na sessão de dia 22 de Setembro

Sábado, 15 de Setembro, Sala 1, 19h00
Sábado, 22 de Setembro, Sala 1, 18h30



WILD TIGERS I HAVE KNOWN de Cam Archer
(E.U.A. , 2006, 81')
v. o. inglesa s/ legendas

Logan, tímido, solitário, é um rapaz que vive uma paixão. Ao contrário do seu igualmente solitário amigo Joey, que vive obcecado com as proezas sexuais dos seus colegas mais velhos, Logan está fixado nos próprios rapazes, especialmente Rodeo Walker. Rodeo é o único do grupo dos rapazes populares que mostra algum companheirismo em relação a Logan, o que significa que não se empenha em tornar a vida de Logan um inferno. À medida que Logan e Rodeo iniciam uma amizade, daquelas que só funcionam em passeios pela floresta quando ninguém está por perto, a paixão de Logan por Rodeo inspira o primeiro a criar uma persona a que dá o nome de Leah. Leah e Rodeo tornam-se íntimos através de eróticos telefonemas nocturnos, e quando Leah concorda em conhecer Rodeo cara a cara é Logan quem finalmente tem de provar que está à altura do que tão dolorosamente deseja.

Quinta-feira, 20 de Setembro, Sala 1, 22h00
Sábado, 22 de Setembro, Sala 1, 16h00


THE PICTURE OF DORIAN GRAY de Duncan Roy
(E.U.A. , 2006, 97')
v. o. inglesa s/ legendas

A beleza é subjectiva, a juventude indisputável. Daí que o casting do Dorian Gray de Duncan Roy nunca tenha partido da ideia de um bonito rapaz, mas antes da sua juventude, uma obsessão da sociedade em que vivemos. Baseado na versão mais gay, da editora Lippincott, da única novela de Oscar Wilde, Roy assina uma versão contemporânea desta fábula clássica sobre a corrupção da alma, contextualizando-a no mundo da arte nova-iorquino. Aqui, explora a relação entre o marchand , o artista e o coleccionador, olhando para o modo como a arte influencia e molda as nossas percepções, tal como no prefácio de O Retrato de Dorian Gray : “Revelar a obra e ocultar o artista é o objectivo da arte… Toda a arte é simultaneamente superfície e símbolo”.

FILME DA NOITE DE ENCERRAMENTO

Sábado, 22 de Setembro, Sala 1, 21h30

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