18 novembro 2006

ESTRADA PERDIDA

LOST HIGHWAY - ESTRADA PERDIDA
DVD
Hoje aconselho um filme do mestre David Lynch. ESTRADA PERDIDA é um dos filmes mais estranhos e sombrios da filmografia de Lynch, é daqueles filmes que temos que ver várias vezes para conseguir perceber alguma coisa, mesmo assim às vezes continuamos perdidos, Lynch é assim mesmo, desconcertante.
Fred Madison (Bill Pullman), um saxofonista, recebe, na sua casa em Los Angeles, uma estranha mensagem: "Dick Laurent morreu", diz-lhe alguém ao intercomunicador. Paranóico, desconfia que a mulher, Renee (Patricia Arquette), lhe é infiel e mantém com ela uma relação tensa. Um dia, começam a encontrar misteriosas cassetes de vídeo à porta de casa que, inexplicavelmente, exibem imagens do interior do apartamento e do casal a dormir. A última delas, que Fred vê sozinho, mostra-o a assassinar, de modo particularmente violento, Renee.

O (suposto) assassino é condenado à morte e enviado para a prisão. A partir daí, as coisas complicam-se ainda mais: na manhã seguinte, os guardas descobrem, horrorizados, que já não é Fred quem está na cela, mas sim Pete Dayton (Balthazar Getty), um jovem mecânico que não parece ter qualquer ideia de como foi ali parar.

Libertado, Pete regressa ao emprego. Aí, reencontra um dos clientes habituais, o "gangster" Mr. Eddie (Robert Loggia), e envolve-se com a namorada deste, Alice (novamente Patricia Arquette), uma loira platinada que é a imagem exacta da morena (e morta) Renee...

De realçar nesta obra, além do grande elenco, a magnífica banda sonora com o inevitável Angelo Badalamenti, Trent Reznor e os NIN, Smashing Pumpkins, Lou Reed, Marilyn Manson (que também aparece no filme), Rammstein, o grande David Bowie e Tom Jobim.

Realizador: David Lynch
Intérpretes: Bill Pulman, Patricia Arquette, Balthazar Getty, Richard Pryor, Robert Loggia e os músicos Henry Rollins e Marilyn Manson em dois pequenos "cameos".
EUA, frança 1997

2 comentários:

Ursdens disse...

Reconheço a qualidade de "Estrada perdida", mas confesso que não vou muito à bola com Lynch...

Lembro-me que vi este filme quando estreou, tinha para aí 16 ou 17 anos e o Monumental existia há muito pouco tempo. Na altura tive uma sensação de vazio tremenda, não sei explicar.

Ainda hoje guardo com carinho o cd original da banda sonora, que comprei pouco tempo depois.

Não posso com o Badalamenti, a banda sonora de "Un long dimanche de fiançailles" é só mais uma das pedras encravadas que tenho contra o homem...

Salva-se o amigo Trent que vamos ter oportunidade de ver em Portugal muito em breve; e aquela soberba versão instrumental da Insensatez...

C. J. disse...

Aqui esta mais um blog interessante de arte cinematográfica ;) gosto. Abraço.